O acordo foi mediado pelo Qatar e pela Turquia, com o apoio diplomático da China e do Irão.

A escalada de violência começou a 9 de outubro, quando o Paquistão lançou um alegado ataque com drones em Cabul contra o líder do grupo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), Mufti Noor Wali Mehsud. Este incidente desencadeou dias de bombardeamentos e trocas de tiros ao longo da Linha Durand, a fronteira de 2.600 quilómetros entre os dois países. Perante a gravidade da situação, o Qatar e a Turquia intervieram, organizando uma ronda de negociações em Doha. Após 12 horas de conversações, os ministros da Defesa afegão e paquistanês assinaram um acordo para cessar imediatamente as hostilidades, comprometendo-se a realizar uma nova reunião em Istambul a 25 de outubro.

O cerne do conflito reside na acusação de Islamabad de que o governo talibã no Afeganistão oferece refúgio ao TTP, um grupo insurgente que visa derrubar o Estado paquistanês, algo que Cabul nega.

A China e o Irão, vizinhos de ambos os países, saudaram o acordo, apelando ao diálogo e oferecendo-se para continuar a desempenhar um papel construtivo na melhoria das relações entre os dois países.