A Turquia está a considerar a sua participação numa potencial força internacional de estabilização para a Faixa de Gaza, uma iniciativa que surge no âmbito das negociações para a segunda fase do acordo de paz. A proposta reflete o papel crescente de Ancara como mediador regional, embora a sua presença possa enfrentar a oposição de Israel. Fontes oficiais turcas revelaram que estão em contacto com os seus homólogos sobre a participação na missão, que teria como objetivo realizar patrulhas de segurança, proteger infraestruturas civis, garantir a ajuda humanitária, a segurança das fronteiras e a formação de forças de segurança locais.
Um centro de coordenação militar/civil já terá sido criado para estabelecer esta força operacional. A Turquia, um dos promotores do acordo de cessar-fogo, vê a sua participação como um passo natural.
No entanto, o seu envolvimento enfrenta obstáculos significativos.
Israel já se terá manifestado contra a presença de tropas turcas em Gaza.
A lista de países interessados em compor esta força internacional inclui também o Egito, Azerbaijão, Jordânia, Qatar e Indonésia.
O nível de participação da Turquia e a composição final da força permanecem por decidir, dependendo do complexo xadrez diplomático que definirá a segurança pós-conflito no enclave palestiniano.
Em resumoA Turquia posiciona-se para desempenhar um papel na segurança pós-conflito em Gaza, mas a sua participação numa força internacional dependerá de complexas negociações diplomáticas, incluindo a superação da provável resistência de Israel.