O novo cenário político, no entanto, é marcado por tensões sectárias e pela preocupação com a influência de potências regionais.
A Turquia, que apoiou a oposição a Assad, deu um passo significativo ao nomear um embaixador para Damasco, assinalando um estreitamento de laços com o novo governo liderado por Ahmad al-Sharaa.
Ancara, no entanto, permanece preocupada com a presença de militantes curdos na sua fronteira.
Os Estados Unidos, por sua vez, anunciaram um pacote de ajuda humanitária para "as necessidades vitais de aproximadamente 60.000 pessoas" pertencentes a minorias, como os drusos, numa região onde a segurança "continua imprevisível".
A situação interna da Síria é complexa, com o novo governo a enfrentar "uma escalada de tensões sectárias e dificuldades em consolidar o poder".
A instabilidade síria tem repercussões regionais mais vastas.
Um analista citado num dos artigos aponta para o receio da Turquia de que a nova realidade na Síria possa levar a um alinhamento entre Israel e os curdos sírios, criando um novo eixo de poder. A "luta entre a Turquia e Israel pelo controlo da Síria e pela hegemonia regional" é vista como um potencial "grande conflito que definirá o Médio Oriente".
Enquanto Ancara apoia um estado sírio centralizado e sunita, Israel defenderia uma Síria mais inclusiva, com a participação de drusos e curdos, refletindo os interesses geopolíticos concorrentes na era pós-Assad.














