Esta situação coloca em causa o cessar-fogo estabelecido em novembro de 2024 e agrava a instabilidade regional.

Apesar de o Presidente libanês, Joseph Aoun, ter manifestado a disponibilidade do seu país para negociar o fim da ocupação israelita, lamentou que "qualquer negociação (...) exige uma vontade recíproca, o que não é o caso".

Segundo Aoun, a resposta de Israel tem sido uma "nova agressão no sul e no [vale do] Becá", com o objetivo de recuperar terras ocupadas e libertar prisioneiros.

A intensificação dos ataques israelitas é vista em Beirute como uma rejeição da via diplomática.

Recentemente, um ataque em Kounine matou um homem, e uma incursão na localidade fronteiriça de Blida resultou na morte de um funcionário municipal.

O exército israelita, por sua vez, alega que as suas operações visam membros do Hezbollah, como um "responsável pela manutenção" do grupo, eliminado num dos ataques. A violência crescente já causou um número significativo de vítimas: um balanço da AFP indica pelo menos 25 mortos em ataques israelitas desde o início do mês, enquanto a ONU reportou que 111 civis foram mortos no Líbano desde o início do cessar-fogo.

Perante esta escalada, o ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Youssef Raggi, apelou à comunidade internacional por ajuda para "pressionar Israel a cessar as agressões", defendendo que "só uma solução diplomática, e não militar, pode assegurar a estabilidade".

A situação é complexa, com o Hezbollah enfraquecido pelo conflito e sob pressão dos EUA para entregar as armas ao exército libanês.