O Hamas acusa Israel de sabotar o acordo com a "cumplicidade dos Estados Unidos", enquanto Israel justifica as suas ações como resposta a "flagrantes violações" por parte do grupo palestiniano.
A trégua foi quebrada por uma ofensiva israelita que, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, causou pelo menos 104 mortos confirmados, incluindo 46 crianças, e 253 feridos. O Hamas afirmou que "a traiçoeira escalada contra o nosso povo em Gaza revela uma clara intenção de sabotar o acordo de cessar-fogo e impor novas equações pela força".
O movimento palestiniano acusou ainda os EUA de oferecerem "uma cobertura política para continuar os seus crimes". Por seu lado, Israel justificou os ataques como uma retaliação a duas violações do acordo por parte do Hamas: o abate de um soldado israelita em Rafah e um incidente controverso relacionado com a entrega de restos mortais de um refém.
As autoridades israelitas alegam que os corpos devolvidos pertenciam a um refém já recuperado e sepultado há quase dois anos.
O exército israelita afirmou ter atacado "dezenas de alvos" e eliminado vários "terroristas importantes, incluindo três comandantes de batalhão". Mesmo após anunciar o regresso ao cessar-fogo, Israel voltou a bombardear um alegado depósito de armas no norte de Gaza.
A situação humanitária agrava-se, com equipas de resgate, como a turca AFAD, a aguardarem autorização israelita para entrar no enclave e procurar corpos sob os escombros.














