Este incidente foi usado por Israel como justificação para retomar os bombardeamentos, ofuscando a posterior entrega dos corpos de outros dois reféns. O acordo de cessar-fogo previa que o Hamas entregasse os restos mortais de 28 israelitas, enquanto Israel libertaria quase dois mil presos palestinianos e entregaria 195 corpos. No entanto, o processo foi abalado quando, na noite de segunda-feira, o Hamas devolveu corpos que, segundo análises forenses israelitas, pertenciam a um refém já recuperado e sepultado há quase dois anos. Este episódio, juntamente com a morte de um soldado israelita, foi apresentado por Israel como uma das justificações para bombardear Gaza na terça-feira, violando a trégua. A controvérsia ensombrou a subsequente entrega, por parte das Brigadas al-Qasam, dos corpos de dois outros reféns, Amiram Cooper, de 85 anos, e Sahar Baruch, de 25. Cooper terá morrido durante o cativeiro, possivelmente devido ao colapso de um túnel alvo de bombardeamentos. Já a morte de Baruch, em dezembro de 2023, foi reconhecida pelo exército israelita como tendo ocorrido durante uma operação de resgate falhada, não sendo claro se foi morto pelo Hamas ou por fogo amigo.
O Hamas alegou dificuldades em encontrar os corpos entre os escombros do território devastado, tendo até agora devolvido 15 dos 28 reféns mortos.














