O vídeo, divulgado pelo Canal 12, mostra soldados a violarem um homem nu, que, segundo a ONG israelita Médicos pelos Direitos Humanos, chegou ao hospital "em estado potencialmente fatal, com lesões na parte superior do corpo e uma lesão grave no reto".
O escândalo levou à demissão da major-general Yifat Tomer-Yerushalmi, com o ministro da Defesa, Israel Katz, a prometer que "se faça justiça com todos os que participaram na difamação de sangue contra os soldados".
Dez militares foram detidos, embora cinco tenham sido libertados pouco depois, o que gerou manifestações violentas de apoio aos soldados em frente à prisão.
Estes protestos foram incentivados por ministros da extrema-direita, como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, que têm defendido publicamente a aplicação de maus-tratos a palestinianos detidos. O incidente ocorre num contexto em que ONGs como a Amnistia Internacional já haviam documentado a "prática sistemática de torturas, espancamentos e agressões sexuais em Sde Teiman", onde milhares de palestinianos foram internados desde o início da ofensiva em Gaza. A controvérsia é agravada por denúncias das autoridades de Gaza de que corpos de prisioneiros devolvidos por Israel no âmbito do cessar-fogo apresentavam marcas de tortura.













