A medida, saudada pelo governo turco, abre caminho para uma nova etapa focada em reformas políticas e legais para resolver um conflito de quatro décadas.
Numa conferência de imprensa no norte do Iraque, os líderes do PKK declararam estar a retirar todas as suas forças que "representam um risco de conflito dentro das fronteiras turcas e são vulneráveis a possíveis provocações". Esta decisão surge após o anúncio da dissolução do grupo em dezembro de 2024, em resposta a um apelo do seu líder histórico, Abdullah Ocalan, preso desde 1999.
O conflito, que dura desde 1984, já causou cerca de 50.000 mortos.
O governo turco, através do porta-voz do partido AKP, Ömer Çelik, saudou a medida como um "resultado concreto" dos esforços de paz. O partido pró-curdo DEM também considerou a primeira fase do processo como "concluída" e apelou ao parlamento turco para avançar para a segunda fase, que deve incluir "passos jurídicos e políticos". As exigências do PKK, que renunciou às aspirações separatistas em 2005, incluem agora uma reforma constitucional que reconheça os direitos do povo curdo, a autorização para a criação de partidos políticos curdos e o fim da marginalização socioeconómica. A libertação de Ocalan é considerada crucial pelo PKK para o sucesso do processo.














