A situação é marcada por incursões israelitas, bombardeamentos e acusações mútuas que colocam em risco o cessar-fogo de novembro de 2024. A retórica agressiva de Israel foi sublinhada por Netanyahu, que advertiu que o país agirá “conforme necessário” se o Hezbollah continuar a ser uma ameaça, afirmando o “direito à legítima defesa, tal como estipulado nos termos do cessar-fogo”. Esta posição surge num contexto em que Israel alega que o grupo xiita, enfraquecido pela guerra de 2024, está a tentar “armar-se e recuperar-se”.
Em resposta, o Líbano tem endurecido a sua postura.
Após uma incursão terrestre israelita, o presidente libanês, Joseph Aoun, ordenou pela primeira vez a intervenção do exército contra futuras operações israelitas, declarando que o país está “pronto para negociações para pôr fim à ocupação”, mas lamentou a falta de vontade recíproca por parte de Israel, que, segundo ele, “responde a esta opção conduzindo mais ataques”. A escalada militar é evidente, com bombardeamentos israelitas intensificados que causaram 16 mortos na última semana de outubro e a morte confirmada de quatro membros da força de elite do Hezbollah. A ONU reporta que mais de uma centena de civis morreram no Líbano desde o início do cessar-fogo. A situação é ainda mais complexa com o envolvimento de forças internacionais, como a FINUL, que Israel acusou de abater deliberadamente um dos seus drones, aumentando a desconfiança e o risco de confrontos diretos.











