Num período de apenas 12 horas, as autoridades de saúde de Gaza, controladas pelo Hamas, reportaram pelo menos 104 mortos confirmados, dos quais 46 eram crianças, e 253 feridos. Outros relatórios indicam a morte de pelo menos 31 pessoas em ataques aéreos que atingiram áreas densamente povoadas, como o campo de refugiados de Al Shati, uma escola que servia de abrigo, e várias habitações em Nuseirat, Al Bureij e Khan Yunis. A justificação de Israel para esta ofensiva, ordenada diretamente pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, baseou-se em dois incidentes principais: um alegado ataque do Hamas que resultou na morte de um soldado israelita em Rafah e a devolução dos restos mortais de um refém que, segundo Israel, já tinha sido recuperado e sepultado há quase dois anos. O exército israelita afirmou que os alvos incluíam “dezenas de terroristas de alto nível”, postos de observação e um centro de fabrico de armas. No entanto, o Hamas considerou os ataques uma “traiçoeira escalada” e acusou Israel de visar deliberadamente civis para minar o acordo de paz.