A situação é caracterizada por violações recorrentes, incluindo o bloqueio de ajuda humanitária e ataques militares que minam a confiança dos mediadores internacionais e das partes envolvidas.
O Hamas denunciou o que chamou de “traiçoeira escalada contra o nosso povo em Gaza”, afirmando que as ações israelitas revelam uma “clara intenção de sabotar o acordo de cessar-fogo e impor novas equações pela força”. O grupo palestiniano acusou os EUA de oferecerem ao governo de Netanyahu “uma cobertura política para continuar os seus crimes”, considerando a posição americana uma “cumplicidade no derramamento de sangue”. Esta perceção de sabotagem é reforçada por ações no terreno.
Uma equipa de resgate turca da AFAD, enviada para participar na busca de corpos em Gaza, ficou retida na fronteira de Rafah, aguardando uma autorização que Israel não emitiu. Uma fonte do Ministério da Defesa turco afirmou que “Israel não está a respeitar todas as condições do cessar-fogo”, permitindo a entrada de ajuda humanitária “apenas parcialmente”. Em contraste com este cenário de tensão e incumprimento, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou o levantamento do estado de emergência no sul de Israel, uma medida que, segundo ele, “reflete a nova realidade de segurança” alcançada graças às ações militares contra o Hamas. Esta decisão, embora simbólica para a normalização da vida em Israel, contrasta fortemente com a continuação da crise humanitária e militar dentro do enclave palestiniano.











