O ministro da Informação paquistanês, Attaullah Tarar, anunciou o fracasso das conversações, afirmando que “o lado afegão não ofereceu qualquer garantia, evitou consistentemente o cerne do problema e recorreu a recriminações, táticas de protelação e outras formas de manipulação”. A frustração de Islamabad foi ecoada pelo ministro da Defesa, Khawaja Asif, que ameaçou que o Paquistão poderia usar “apenas uma fração do seu arsenal para aniquilar completamente o regime talibã”. Em resposta, o porta-voz do Ministério do Interior talibã, Abdul Mateen Qani, advertiu que qualquer ataque receberia uma “resposta decisiva que servirá de lição para o Paquistão”.

A principal exigência paquistanesa, a tomada de “medidas credíveis e decisivas” contra o grupo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), foi descrita pelos talibãs como “despropositada e inaceitável”.

Fontes de segurança paquistanesas sugeriram que a intransigência talibã poderia ser influenciada por uma “agenda diferente”, insinuando uma possível interferência da rival regional, a Índia.

Com o impasse, a fronteira permanece fechada, e a ameaça de um conflito militar em larga escala tornou-se mais iminente.