Este vácuo de poder levou os Estados Unidos a anunciarem ajuda humanitária para minorias, enquanto Israel continua a realizar bombardeamentos, num complexo xadrez geopolítico.
A deterioração da segurança é evidente, com confrontos entre militantes drusos e beduínos que, em julho, resultaram na morte de mais de 2.000 pessoas. Em resposta, a administração norte-americana anunciou um pacote de ajuda para cobrir “as necessidades vitais de aproximadamente 60.000 pessoas”, incluindo alimentos, água e reabilitação de habitações.
Washington apelou a parceiros internacionais para que contribuam para a estabilização do país.
Israel também tem desempenhado um papel ativo, realizando vários bombardeamentos, incluindo um contra a sede do Ministério da Defesa em Damasco, alegando a necessidade de “proteger a minoria drusa”.
Esta intervenção insere-se numa rivalidade regional mais ampla, nomeadamente com a Turquia.
Ancara receia que Israel possa alinhar-se com os curdos na Síria, o que motivou, em parte, o processo de paz turco com o PKK.
O novo governo sírio, liderado por Ahmad al-Sharaa (antigo líder do grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham), enfrenta enormes dificuldades para consolidar o poder e conter as tensões sectárias, apesar das promessas de estabilização.










