A retórica inflamada e as demonstrações de força sublinham a recusa do Irão em normalizar as relações com Washington.

As ruas de Teerão e outras cidades iranianas encheram-se de manifestantes que gritavam “morte aos Estados Unidos” e “Morte a Israel”, enquanto queimavam bandeiras dos dois países. Esta foi a primeira comemoração do género desde que os Estados Unidos bombardearam instalações nucleares iranianas em junho, um conflito que incluiu retaliação iraniana com mísseis que mataram 28 pessoas em Israel.

O líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei, reforçou a posição do regime, prometendo que não haverá qualquer movimento no sentido da normalização das relações.

Khamenei afirmou que a cooperação com Washington só poderia ser considerada se os EUA interrompessem “completamente o apoio ao maldito regime sionista” e retirassem “todas as bases militares da região”.

O contexto é de elevada tensão, com o Irão a possuir urânio enriquecido a 60% – próximo do nível necessário para armas nucleares – e a enfrentar novas sanções da ONU, que congelam os seus bens no estrangeiro e suspendem acordos de venda de armas.