A iniciativa diplomática procura moldar o futuro do território, mas enfrenta a desconfiança de Israel, particularmente em relação ao papel da Turquia. Após duas semanas de um cessar-fogo frágil, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Paquistão e Indonésia reuniram-se para delinear uma visão comum para o futuro de Gaza. O ministro turco, Hakan Fidan, afirmou de forma inequívoca que “ninguém quer ver surgir um novo sistema de tutela”, defendendo a necessidade de uma “reconciliação inter-palestiniana” entre o Hamas e a Autoridade Palestiniana para reforçar a sua representação internacional. Uma das propostas em discussão é a criação de uma força internacional de estabilização em Gaza, um projeto no qual a Turquia manifestou interesse em participar.
No entanto, esta possibilidade é vista com forte desconfiança por Israel, que considera Ancara demasiado próxima do Hamas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, avisou que apenas países considerados imparciais poderão integrar tal força, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu defendeu o direito de Israel vetar os seus membros.
Esta desconfiança é exemplificada pelo facto de uma equipa de socorristas turcos enviada para ajudar na busca de corpos em Gaza ainda aguardar autorização israelita para entrar no território.










