Estes incidentes têm servido de pretexto para Israel retomar os bombardeamentos, fragilizando ainda mais a trégua.

O processo de repatriamento dos restos mortais é um dos pontos mais sensíveis do acordo.

Recentemente, Israel confirmou a identidade dos corpos de Asaf Hamami, Omer Neutra, Oz Daniel, Sahar Baruch e Amiram Cooper, devolvidos pelo grupo islamita. A operação envolve a entrega dos corpos à Cruz Vermelha, que os transporta para Israel para serem identificados no Instituto de Medicina Forense.

No entanto, o processo tem sido marcado por percalços com consequências graves.

Num caso, o Hamas devolveu os restos mortais de um refém que já tinha sido recuperado e sepultado por Israel quase dois anos antes. Israel classificou o episódio como uma violação do acordo e, juntamente com a morte de um soldado num ataque atribuído ao Hamas, usou-o como justificação para ordenar “fortes ataques na Faixa de Gaza”.

O Hamas, por sua vez, alega dificuldades em localizar todos os corpos sob os escombros do território devastado e já informou previamente não ter a certeza da identidade de alguns dos corpos que entrega.