O debate expõe uma profunda fratura social e política, exacerbada pelas crescentes necessidades de segurança do país. Os protestos, denominados 'Protesto de Um Milhão de Pessoas', surgiram depois de o Supremo Tribunal ter criticado o governo pela falta de fiscalização aos ultraortodoxos acusados de deserção. A isenção, concedida em 1948, expirou em junho de 2023, e uma decisão judicial posterior tornou o recrutamento obrigatório. No entanto, os dados mostram uma adesão muito baixa: de cerca de 78 mil estudantes chamados às fileiras desde junho de 2024, apenas 931 se alistaram.
Os manifestantes exibiram cartazes com slogans como “A Rússia está aqui”, comparando as ações do Estado à opressão soviética.
A questão é politicamente sensível para a coligação de Benjamin Netanyahu, que depende do apoio dos partidos ultraortodoxos. O Ministério da Defesa afirma precisar de mais 12 mil efetivos para responder às necessidades de segurança, o que intensifica a pressão sobre a comunidade Haredi e aprofunda o ressentimento entre a população secular, que suporta o fardo do serviço militar.









