O impasse centra-se nas alegações paquistanesas de que o regime talibã alberga grupos terroristas, uma acusação que Cabul nega veementemente.
Após quatro dias de conversações em Istambul, o ministro da Informação paquistanês, Attaullah Tarar, anunciou o fracasso do diálogo, afirmando que “o lado afegão não ofereceu qualquer garantia, evitou consistentemente o cerne do problema e recorreu a recriminações, táticas de protelação e outras formas de manipulação”. A tensão tem como pano de fundo a insurgência do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), que Islamabad acusa Cabul de abrigar.
O governo talibã nega, considerando o TTP um “problema interno” do Paquistão.
Em resposta, o ministro da Defesa paquistanês ameaçou com uma “guerra aberta”.
O Afeganistão, por sua vez, acusa o Paquistão de apoiar o braço regional do Estado Islâmico e de violar a sua soberania. As negociações serão retomadas a 6 de novembro, mas o colapso desta ronda, após confrontos fronteiriços que causaram dezenas de mortos, deixa a região à beira de um conflito mais vasto.











