A controvérsia começou com a transmissão de imagens de videovigilância que mostravam cinco soldados a sodomizar um detido nu com um objeto pontiagudo, enquanto se escondiam atrás de escudos.
A vítima foi hospitalizada em estado grave.
O incidente provocou indignação, mas também uma forte reação política.
O primeiro-ministro Netanyahu classificou a fuga do vídeo como um "ataque de propaganda", e ministros de extrema-direita como Itamar Ben Gvir defenderam os soldados. Tomer-Yerushalmi, antes de ser detida, admitiu numa carta de demissão ter aprovado a divulgação do vídeo para "contrapor a propaganda falsa que tinha como alvo as forças do Estado", sugerindo que agiu sob pressão para impedir investigações sobre os abusos em Sde Teiman.
A sua subsequente detenção, juntamente com a de outro procurador, e a nomeação de um novo procurador militar com a missão de "limpar a instituição", expõem profundas fissuras e ingerências políticas no sistema judicial militar.
A organização Honenu, que representa os soldados acusados, já pediu a retirada das acusações, argumentando que o detido abusado foi entretanto deportado para Gaza.











