A escalada de violência ameaça o frágil cessar-fogo estabelecido em novembro de 2024. As Forças de Defesa de Israel anunciaram uma série de ataques contra alvos em várias aldeias libanesas, incluindo Aita al-Jabal, al-Taybeh e Tayr Debba, instando os civis a evacuarem as suas casas. A justificação apresentada por Telavive é a necessidade de impedir que o Hezbollah reconstrua a sua infraestrutura militar e retome operações na região, em violação do acordo de cessar-fogo.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu que Israel agirá “conforme necessário” se o grupo xiita não se desarmar.

Esta vaga de bombardeamentos surge após o Hezbollah ter rejeitado negociações diretas entre Beirute e Telavive, reivindicando o seu “direito legítimo” à defesa.

A comunidade internacional reagiu com preocupação. O Irão, principal apoiante do Hezbollah, condenou os que classificou de “ataques selvagens” e apelou à comunidade internacional para “confrontar a beligerância de Israel”.

O Hamas e a Jihad Islâmica também expressaram a sua “total solidariedade para com o Líbano”.

As Nações Unidas, através do porta-voz de António Guterres, instaram as partes a respeitarem a cessação das hostilidades, afirmando: “Instamos mais uma vez as partes a respeitarem a cessação das hostilidades e a absterem-se de qualquer ato ou atividade que possa pôr em risco a população civil”.

O governo libanês acusou Israel de responder com agressão à sua disponibilidade para negociações, minando a estabilidade na região.