O Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) denunciou que raptos e desaparecimentos forçados continuam a ser uma realidade na Síria, com pelo menos 97 casos documentados desde janeiro de 2025. O porta-voz do ACNUDH, Thameen al-Keetan, lamentou que “muitas pessoas não comunicam estes casos por receio do que possa acontecer aos seus familiares”, somando-se estes novos casos às mais de 100 mil pessoas que desapareceram durante os 14 anos de guerra civil sob o regime de Assad.

Em paralelo com esta crise humanitária, o novo líder sírio, Ahmad al-Sharaa, antigo chefe do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), tem procurado legitimação internacional.

Numa mudança de política significativa, a administração de Donald Trump propôs ao Conselho de Segurança da ONU a suspensão das sanções contra al-Sharaa, antes de uma visita histórica do líder sírio à Casa Branca. Esta aproximação contrasta fortemente com a decisão da Moldova, que incluiu al-Sharaa na sua “lista de pessoas envolvidas em atos terroristas”.

O novo governo sírio também deu passos no sentido da reconciliação interna, ao readmitir diplomatas que serviram sob o regime de Assad, elogiando o seu compromisso com o povo sírio.