Israel rejeitou a medida, classificando-a como um “golpe publicitário” do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

O Ministério Público de Istambul anunciou que os mandados visam, para além de Netanyahu, os ministros da Defesa, Israel Katz, e da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, bem como o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Eyal Zamir. A acusação condena “o genocídio e os crimes contra a humanidade perpetrados de forma sistemática pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza”.

O comunicado da justiça turca mencionou especificamente o bombardeamento do “Hospital da Amizade Turco-Palestiniana” em Gaza pelo exército israelita. Esta ação judicial surge na sequência da decisão da Turquia de se juntar ao processo de genocídio contra Israel, apresentado pela África do Sul perante o Tribunal Internacional de Justiça. A reação de Israel foi imediata e desdenhosa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, escreveu na rede social X: “Israel rejeita veementemente, com desprezo, o último golpe publicitário do tirano Erdogan”.

Saar acrescentou que “na Turquia de Erdogan, o sistema judicial há muito que se tornou uma ferramenta para silenciar rivais políticos”.

A medida reflete a posição fortemente crítica do presidente turco em relação à guerra de Israel em Gaza, consolidando a Turquia como um dos principais opositores às políticas israelitas na cena internacional.