O escândalo veio a público após a divulgação de um vídeo que mostrava cinco soldados a violar um detido palestiniano nu com um objeto pontiagudo, enquanto se cobriam com escudos para obstruir a visão. A vítima foi hospitalizada “em perigo de vida, com ferimentos na parte superior do corpo e um ferimento grave no reto”, segundo a organização Médicos pelos Direitos Humanos.
A fuga do vídeo para a imprensa desencadeou uma crise interna.
Yifat Tomer-Yerushalmi admitiu na sua carta de demissão ser “pessoalmente responsável” pela divulgação, justificando-a como uma tentativa de “contrapor a propaganda falsa que tinha como alvo as forças do Estado”. Após a sua demissão, esteve incontactável, deixando uma carta que sugeria uma tentativa de suicídio, mas foi encontrada e detida.
Em resposta à crise, o ministro da Defesa, Israel Katz, nomeou um novo procurador militar vindo de fora do sistema, com a missão de “limpar a instituição, reabilitá-la e organizá-la”. O centro de detenção de Sde Teiman, estabelecido para presos palestinianos desde o início da guerra de Gaza, já tinha sido alvo de um relatório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, que denunciava prisões secretas e tortura.













