As manifestações deste ano ganharam um significado acrescido, ocorrendo após o recente confronto militar direto com Israel e os bombardeamentos norte-americanos a instalações nucleares iranianas.

A comemoração do dia 4 de novembro de 1979, quando estudantes iranianos ocuparam a embaixada e fizeram 52 reféns norte-americanos durante 444 dias, é um pilar da retórica anti-ocidental do regime.

Este ano, as multidões reunidas junto ao local da antiga embaixada gritaram “morte aos Estados Unidos” e “Morte a Israel”, enquanto queimavam bandeiras dos dois países e exibiam réplicas de míssees iranianos.

O evento decorreu num contexto de tensão máxima, sendo a primeira comemoração desde a guerra de 12 dias em junho, durante a qual Israel matou comandantes militares e cientistas nucleares iranianos, e os EUA bombardearam três instalações nucleares.

O líder supremo do Irão, o aiatola Ali Khamenei, aproveitou a ocasião para discursar perante estudantes, prometendo que não haverá qualquer movimento no sentido da normalização das relações com Washington.

Khamenei afirmou que a cooperação só poderia ser considerada se os EUA interrompessem completamente o seu apoio a Israel, retirassem as suas bases militares da região e parassem de intervir nos assuntos do Médio Oriente.