O exército israelita intensificou os seus ataques aéreos no Líbano, visando posições do Hezbollah e aumentando o risco de uma escalada regional. Esta vaga de bombardeamentos representa uma violação do cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024, gerando condenação internacional e apelos à contenção. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram ataques a "infraestruturas terroristas do Hezbollah no Vale do Bekaa e no sul do Líbano", justificando as ações como necessárias para impedir que o grupo xiita, apoiado pelo Irão, recupere as suas capacidades militares. Israel alega que "o Hezbollah está a tentar reestruturar os seus ativos terroristas em todo o Líbano" e que a sua presença constitui uma "violação do entendimento entre Israel e o Líbano".
Antes dos ataques, o exército israelita emitiu ordens de evacuação para várias localidades no sul do Líbano.
A ofensiva ocorre num momento em que o Hezbollah rejeitou negociações diretas com Israel, afirmando o seu "direito legítimo" à defesa.
A comunidade internacional reagiu com preocupação.
A ONU, através do porta-voz de António Guterres, instou as partes a "respeitarem a cessação das hostilidades".
O Irão condenou os "ataques selvagens" de Israel, enquanto o Hamas e a Jihad Islâmica expressaram "total solidariedade para com o Líbano". As autoridades libanesas condenaram veementemente os ataques, acusando Israel de responder com agressão à sua disponibilidade para negociações e de minar a estabilidade do país.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) também exigiu que Israel cessasse imediatamente os ataques.
Em resumoA intensificação dos ataques israelitas no Líbano ameaça a frágil estabilidade na fronteira, arriscando uma nova escalada de violência. Apesar dos apelos internacionais à contenção, a recusa do Hezbollah em negociar e a determinação de Israel em impedir o seu rearmamento criam um cenário de elevada tensão e com potencial para um conflito mais vasto.