O número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassou os 69.100 desde o início da ofensiva israelita, com o balanço a continuar a aumentar mesmo durante o cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, continua a atualizar os números à medida que mais corpos são recuperados dos escombros e as identidades das vítimas são verificadas. O relatório detalha que mais de 20.000 crianças estão entre os mortos e que o número total de feridos ascende a mais de 170.690, muitos com lesões permanentes.
Durante o período do cessar-fogo, foram recuperados 528 cadáveres, embora se estime que milhares continuem soterrados.
A violência não cessou por completo.
O exército israelita admitiu ter matado dois palestinianos que se aproximaram das suas tropas, atravessando uma demarcação designada como "linha amarela", alegando que representavam uma "ameaça imediata".
No total, desde o início da trégua, 241 palestinianos foram mortos em Gaza.
O processo de identificação dos mortos é dificultado pelo bloqueio israelita, que impede a realização de autópsias adequadas, cabendo às famílias a difícil tarefa de reconhecer os corpos. Além disso, Israel devolveu os corpos de 300 palestinianos, dos quais apenas 89 foram identificados, com relatos de que muitos cadáveres apresentavam sinais de humilhação e tortura.
Em resumoA crise humanitária em Gaza atinge proporções catastróficas, com um número de mortos que continua a subir diariamente. O cessar-fogo não conseguiu travar completamente a violência, e a recuperação e identificação de corpos revelam a escala da devastação e as dificuldades enfrentadas pela população civil.