Apesar da trégua em vigor desde 10 de outubro, a violência esporádica continua, resultando em mais vítimas palestinianas. O Ministério da Saúde de Gaza, cujos números são considerados fiáveis pela ONU, atualizou o balanço para mais de 69.179 palestinianos mortos, incluindo mais de 20.000 crianças, e 170.690 feridos desde o início da guerra em outubro de 2023.

A crise é exacerbada pela insuficiência da ajuda humanitária.

Entre o início de outubro e as primeiras semanas de novembro, entraram em Gaza uma média de 348 camiões por dia, um número "muito inferior" aos 500 a 600 estipulados no acordo de cessar-fogo.

A Autoridade Palestiniana alertou que 36% destes camiões pertenciam ao setor privado, "o que reduziu ainda mais o volume real da ajuda que chega aos civis", e que faltam materiais essenciais para abrigo e operações médicas.

A fragilidade da trégua é evidente, com o exército israelita a admitir ter matado dois palestinianos que se aproximaram das suas tropas, elevando para 242 o número de mortos desde o início do cessar-fogo.

Milhares de corpos continuam soterrados sob os escombros, e a sua recuperação tem sido lenta.