A tensão culminou em confrontos mortais na fronteira, e o Irão ofereceu-se para mediar, sublinhando a crescente instabilidade regional.

As conversações em Istambul, que visavam consolidar um frágil cessar-fogo acordado a 19 de outubro, terminaram num impasse.

O governo talibã do Afeganistão acusou o Paquistão de ter uma "atitude irresponsável e pouco cooperativa", alegando que Islamabad tentou "transferir toda a responsabilidade pela sua segurança" para Cabul. Por outro lado, o Paquistão afirmou que o regime talibã se recusou a tomar "qualquer ação concreta e verificável" para impedir ataques transfronteiriços do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP).

A falha diplomática foi acompanhada por violência no terreno.

Cabul acusou as forças paquistanesas de abrirem fogo sobre a cidade fronteiriça de Spin Boldak, causando a morte de cinco civis.

Simultaneamente, os talibãs paquistaneses reivindicaram um ataque suicida em Islamabad que matou 12 pessoas.

A escalada levou o Irão a intervir, com o seu ministro dos Negócios Estrangeiros a propor mediação para resolver os problemas "através do diálogo", destacando a preocupação regional com o conflito.