O escrutínio é visto como um barómetro da influência iraniana e do posicionamento do país entre as potências regionais e os Estados Unidos.
Mais de 12 milhões de iraquianos, de um total de 21,4 milhões de eleitores inscritos, votaram para eleger os 329 membros do Conselho de Representantes.
O primeiro-ministro cessante, Mohammed al-Sudani, era apontado como favorito.
As eleições decorreram num cenário político complexo, marcado pela fragmentação das fações xiitas, maioritariamente próximas do Irão, que, embora concorrendo separadamente, deverão unir-se para formar o maior bloco parlamentar.
A votação foi boicotada pelo influente clérigo xiita Moqtada al-Sadr.
A importância do Iraque no xadrez geopolítico é imensa.
Para o Irão, o país é um "pilar fundamental do seu eixo de influência xiita". Os Estados Unidos, que mantêm tropas no país como parte da coligação contra o Estado Islâmico, veem o Iraque como um terreno crucial para conter a influência iraniana.
Outros atores, como a Turquia e os países do Golfo, incluindo a Arábia Saudita, também acompanham de perto, devido a interesses económicos e de segurança.
O resultado das eleições irá, portanto, moldar não só a política interna, mas também as alianças e tensões em toda a região.













