Estas ações militares visam alegadamente impedir o rearmamento do Hezbollah e desmantelar as suas infraestruturas. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram ataques a depósitos de armas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano e no Vale do Bekaa, justificando as operações como uma resposta às tentativas do grupo de se reestruturar e restabelecer a sua capacidade militar. Israel acusa o Hezbollah de usar civis como "escudos humanos", ao localizar as suas infraestruturas perto de áreas povoadas, o que considera uma violação dos acordos entre os dois países.

A retórica israelita intensificou-se, com analistas a alertarem para o risco de um novo conflito em larga escala. A situação é agravada pela construção de muros de separação por parte de Israel na região de Yaroun, que, segundo as forças de manutenção da paz da ONU, tornaram inacessíveis mais de 4.000 metros quadrados de território libanês.

A missão da ONU no sul do Líbano (FINUL), presente na região há quase cinco décadas, tem o seu término previsto para 2026.

O conflito insere-se num contexto geopolítico mais vasto, com os Estados Unidos a pressionarem o Líbano para pôr fim à influência do Irão, que apoia o Hezbollah.

Uma delegação norte-americana transmitiu uma mensagem "firme e clara" sobre a necessidade de combater as fontes de financiamento do grupo xiita, que, segundo Washington, recebe mais de mil milhões de dólares de Teerão.