Simultaneamente, cresce a pressão interna para uma investigação completa sobre as falhas de segurança que permitiram o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023.

Após 11 anos em cativeiro em Gaza, os restos mortais de Hadar Goldin foram entregues pelo Hamas, através da Cruz Vermelha, e recebidos pelo exército israelita.

O funeral contou com a presença de dezenas de milhares de pessoas, refletindo o mediatismo do caso e a longa campanha da família para o seu regresso.

A mãe, Leah Goldin, expressou a dor da longa espera: "Hadar, esperámos por ti durante 11 anos.

Isto é muito tempo".

Após a recuperação do corpo, as forças israelitas anunciaram ter demolido o túnel em Gaza onde o soldado foi raptado.

A entrega do corpo de Goldin insere-se no âmbito do acordo de cessar-fogo, que prevê a devolução de reféns e corpos em troca da libertação de prisioneiros palestinianos. No entanto, o trauma do ataque de 7 de outubro de 2023, que deu origem à guerra, continua a assombrar a sociedade israelita. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Eyal Zamir, pediu a criação de uma comissão nacional de inquérito para realizar uma "investigação sistémica ampla e completa" sobre as falhas que levaram à tragédia. Contudo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu opõe-se, considerando que uma tal comissão seria uma "ferramenta política" e sugerindo um modelo alternativo que foi rejeitado pela oposição.