A situação agrava a instabilidade na região, marcada por ataques terroristas e uma crescente desconfiança mútua.
O governo talibã do Afeganistão anunciou o fracasso das negociações, atribuindo a culpa à "atitude irresponsável e pouco cooperativa da delegação paquistanesa".
Segundo o porta-voz Zabihullah Mujahid, o Paquistão tentou "transferir toda a responsabilidade pela sua segurança para o Governo afegão, sem demonstrar qualquer vontade de assumir qualquer responsabilidade pela segurança do Afeganistão ou pela sua própria".
Em resposta, o Paquistão afirmou que o regime talibã procurou "evitar qualquer ação concreta e verificável" para impedir que o seu território fosse usado para ataques contra o Paquistão, uma referência ao grupo Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP).
A tensão é alimentada por ataques terroristas, como o atentado suicida em Islamabad, reivindicado pelo TTP, que causou pelo menos 12 mortos.
O ministro do Interior paquistanês acusou cidadãos afegãos de estarem por trás de ataques suicidas. Perante o impasse, o Irão ofereceu-se para mediar futuras negociações, sublinhando a importância de resolver as disputas através do diálogo. No entanto, com ambas as partes a alertarem para a possibilidade de retomarem as hostilidades, a estabilidade na fronteira permanece frágil.













