As práticas terão atingido “níveis sem precedentes” desde o ataque de 7 de outubro de 2023, ocorrendo “com total impunidade”.

O relator Peter Vedel Kessing afirmou que, segundo múltiplas fontes credíveis, “a tortura se tornou um instrumento deliberado e generalizado” em todas as fases da detenção.

As práticas descritas incluem “espancamentos severos, incluindo nas zonas genitais, choques elétricos, manutenção forçada em posições de stress durante longos períodos, condições de detenção deliberadamente desumanas e privação de alimentos”, bem como ameaças de violação e humilhação sexual.

Estas alegações são corroboradas por testemunhos recolhidos pelo Centro Palestiniano para os Direitos Humanos (PCHR), que documentou uma “prática organizada e sistemática de tortura sexual” para “esmagar a dignidade humana”. A situação é agravada pela proposta de lei, aprovada em primeira leitura no Knesset, para impor a pena de morte a palestinianos condenados por assassinar israelitas por motivos nacionalistas. A Amnistia Internacional criticou a lei como uma “ferramenta flagrantemente discriminatória” e uma “negação irreversível do direito à vida”, alertando que a sua aplicação por tribunais militares, com uma taxa de condenação de 99% para arguidos palestinianos, representa um “retrocesso perigoso e dramático”.