A intervenção de Trump formaliza um pedido que já havia feito publicamente no Knesset, onde celebrou o plano de paz para Gaza.

Na carta, o presidente norte-americano afirmou respeitar a independência do sistema judicial israelita, mas considerou que o caso contra “Bibi”, que “lutou ao meu lado por muito tempo”, é injustificado.

Netanyahu enfrenta três processos por fraude, abuso de confiança e, no caso mais grave (conhecido como caso 4000), suborno, relacionado com alegados favores regulatórios à empresa de telecomunicações Bezeq em troca de cobertura mediática favorável. O pedido de Trump gerou uma forte reação em Israel. O presidente Herzog absteve-se de tomar uma posição, indicando que o pedido deve seguir os “canais legais apropriados”.

No entanto, o líder da oposição, Yair Lapid, criticou a intervenção, afirmando que a lei israelita exige que a “primeira condição para receber um indulto é a admissão de culpa e a expressão de arrependimento”. A pressão de Trump ocorre num momento delicado para Netanyahu, que, para além dos seus problemas legais internos, também enfrenta um mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra na Faixa de Gaza.