A decisão do influente país do Golfo lança dúvidas sobre a viabilidade da segunda fase do plano de paz liderado pelos Estados Unidos. O conselheiro presidencial dos EAU, Anwar Gargash, justificou a posição do país afirmando que “ainda não veem um quadro claro para a força de estabilização”. Esta força internacional é uma peça central da segunda etapa do plano de paz, que ainda está por acordar e que prevê a continuação da retirada israelita, a desmilitarização do Hamas e a discussão sobre a futura governação e reconstrução do enclave. Apesar da sua provável ausência na força militar, Gargash garantiu que os EAU continuarão a apoiar “todos os esforços políticos em prol da paz” e a manter-se na “linha de frente em termos de ajuda humanitária”.
A hesitação de um ator regional tão importante, e um dos poucos países árabes a normalizar relações com Israel através dos Acordos de Abraão, é um sinal preocupante para a diplomacia norte-americana. Fontes diplomáticas indicam que outros países, como a Indonésia, manifestaram disponibilidade para participar, mas insistem na necessidade de um mandato claro do Conselho de Segurança da ONU, o que pode enfrentar obstáculos políticos.













