No entanto, a resolução não obteve apoio unânime.

A Rússia absteve-se, com a comentadora Sónia Sénica a sugerir que Moscovo “queria impor uma alternativa” ao plano norte-americano, com o objetivo de “contrariar um regresso da influência norte-americana à região do Médio Oriente”.

Esta manobra diplomática sublinha a competição geopolítica em torno do futuro de Gaza.

A aprovação da força é um desenvolvimento crucial, mas a sua implementação dependerá de negociações complexas e da disposição dos Estados-membros em contribuir com tropas e recursos. A decisão também provocou uma forte reação da extrema-direita de Israel. O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, ameaçou com “assassínios seletivos de altos membros da Autoridade Palestiniana” se a ONU avançar com o reconhecimento de um Estado palestiniano, demonstrando a forte oposição interna em Israel a tais intervenções internacionais.