Tanto a Autoridade Palestiniana como o Hamas lançaram apelos urgentes à comunidade internacional para o envio de ajuda, denunciando as restrições impostas por Israel.

O início do inverno e as chuvas torrenciais criaram uma “difícil situação humanitária” em Gaza, conforme descrito pela Autoridade Palestiniana (AP).

As tendas, que servem de abrigo para grande parte da população deslocada, estão “deterioradas e rasgadas”, não oferecendo proteção contra a água e o frio, o que coloca crianças, mulheres e idosos em sério risco. A AP apelou aos mediadores do conflito — EUA, Egito e Qatar — para que pressionem Israel a permitir a entrega de casas pré-fabricadas e novas tendas.

De forma semelhante, o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, invocou a “responsabilidade moral, humanitária e jurídica” da comunidade internacional, alertando para um desastre iminente.

Qassem argumentou que a falha no envio de ajuda “incentiva a ocupação [israelita] a intensificar o cerco a Gaza”. Ambas as fações palestinianas sublinham que Israel continua a impor restrições severas nas passagens fronteiriças, atrasando a entrada de bens essenciais, o que consideram uma violação do acordo de cessar-fogo, que estipula a facilitação da ajuda humanitária.

Um vídeo da ONU veio reforçar a gravidade da situação, mostrando o quotidiano da população entre os escombros. A crise expõe a fragilidade do cessar-fogo e as condições desesperadas enfrentadas pela população civil, presa entre a devastação da guerra e a inclemência do tempo.