O tribunal está a julgar sete homens acusados de atacar as forças governamentais e sete membros das forças das novas autoridades islamitas por “homicídio qualificado”.

O juiz presidente garantiu que “o tribunal é soberano e independente”, marcando um primeiro passo simbólico em direção à justiça por atrocidades passadas.

Este processo judicial ocorre num contexto de transição política complexa.

A União Europeia anunciou que irá organizar, pela primeira vez em Damasco, a sua nona iniciativa com a sociedade civil síria para debater a participação dos cidadãos no processo democrático.

Kaja Kallas, Alta Representante da UE, afirmou que a Síria tem agora a oportunidade de “reconstruir o país de uma maneira que reflita as vontades da população”. Este envolvimento internacional reflete esperança num futuro democrático, mas também a preocupação com a possibilidade de novas perseguições ou de uma justiça opaca sob as autoridades de transição.

A estabilidade da Síria continua a ser um tema central na diplomacia regional, como evidenciado numa conversa telefónica entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, onde a “promoção de uma maior estabilização na Síria” foi um dos tópicos discutidos.