Organizações de direitos humanos e comités da ONU levantam sérias preocupações sobre as práticas de Israel, denunciando a tortura sistemática de detidos palestinianos e criticando um projeto de lei para impor a pena de morte, que consideram discriminatório e uma violação do direito internacional. Um comité da ONU declarou-se “profundamente consternado” com relatórios de múltiplas fontes credíveis que indicam que a tortura se tornou um “instrumento deliberado e generalizado” contra palestinianos desde outubro de 2023, atingindo “níveis sem precedentes”. As práticas alegadas incluem “espancamentos severos, [...] choques elétricos, [...] simulação de afogamento, bem como insultos de natureza sexual e ameaças generalizadas de violação”. O Centro Palestiniano para os Direitos Humanos (PCHR) também documentou tortura sexual sistemática em centros de detenção israelitas. Paralelamente, um controverso projeto de lei para aplicar a pena de morte a palestinianos condenados pelo assassínio de israelitas passou na sua primeira leitura no Knesset.
A Amnistia Internacional condenou veementemente a proposta, com Erika Guevara-Rosas a descrevê-la como uma “ferramenta flagrantemente discriminatória para autorizar o assassínio, a dominação e a opressão por parte do Estado”.
A organização argumenta que, embora a lei não vise explicitamente os palestinianos, estes serão as “principais vítimas”.
A Amnistia alertou também que a aplicação obrigatória e retroativa da pena de morte violaria o direito internacional, sendo particularmente preocupante o seu uso em tribunais militares, que têm uma taxa de condenação de quase 100% para arguidos palestinianos. Estas duas questões colocam o historial de direitos humanos de Israel sob um intenso escrutínio internacional.
Em resumoDenúncias de tortura sistemática de palestinianos na ONU e a aprovação inicial de uma lei de pena de morte, vista como discriminatória pela Amnistia Internacional, colocam as práticas de direitos humanos de Israel sob forte crítica. Estas acusações e medidas legislativas são vistas como violações graves do direito internacional e pilares do que os críticos chamam de um sistema de opressão.