Ambas as partes, Israel e Hamas, acusam-se mutuamente de violar a trégua, o que lança sérias dúvidas sobre a sua sustentabilidade a longo prazo.
Recentemente, um bombardeamento israelita a uma casa na zona de Bani Suhaila, a leste de Khan Yunis, causou a morte a três pessoas e feriu outras 15, segundo a Defesa Civil local, que opera sob a autoridade do Hamas.
Este é apenas um dos vários incidentes que têm ocorrido desde o início da trégua. As autoridades de saúde palestinianas relatam que, desde o início do cessar-fogo, já morreram 312 pessoas. O exército israelita, por sua vez, afirmou estar a investigar o incidente em Khan Yunis, mas fontes do Ministério do Interior de Gaza reportaram que o fogo de artilharia israelita continuava na zona mesmo após a cessação dos ataques aéreos. A situação reflete a extrema fragilidade do acordo, num conflito que, desde 7 de outubro de 2023, já causou mais de 69 mil mortos na Faixa de Gaza. A contínua troca de acusações e a violência no terreno demonstram a dificuldade em consolidar a paz e avançar para as fases seguintes do plano proposto pelos Estados Unidos, que preveem a desmilitarização e a reconstrução do enclave.












