Como parte da sua implementação, Washington já começou a estender convites a nações árabes, incluindo o Iémen, para participarem na missão.

A resolução prevê o estabelecimento de um "Conselho de Paz" que funcionará como uma "administração da governação de transição" em Gaza, sendo este órgão a autorizar a força internacional temporária. A missão desta força será multifacetada: proteger as fronteiras de Gaza com Israel e o Egito, supervisionar a desmilitarização do território e desarmar "grupos armados não estatais".

O convite dos EUA ao governo do Iémen, reconhecido internacionalmente, para integrar esta força, ainda que de forma "simbólica", demonstra a tentativa de conferir legitimidade regional à iniciativa.

No entanto, o plano enfrenta ceticismo.

Vários países árabes e islâmicos mostram-se hesitantes em participar, receando que a força possa ser arrastada para confrontos diretos com milícias palestinianas, o que complicaria as dinâmicas políticas internas e regionais.

A concretização e eficácia desta força dependerão, assim, da capacidade dos EUA em garantir um mandato claro e um amplo apoio regional, algo que ainda não está assegurado.