Um plano de paz para a Faixa de Gaza, impulsionado pelos Estados Unidos e apoiado por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, começou a ser implementado com um cessar-fogo e uma troca de reféns e prisioneiros, visando estabelecer uma transição para uma governação pós-conflito através de uma força de estabilização internacional. O acordo, que entrou em vigor a 10 de outubro, resultou na libertação da maioria dos reféns israelitas detidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinianos. Este passo inicial foi crucial para a desescalada do conflito que, desde 7 de outubro de 2023, causou dezenas de milhares de mortos.
A fase seguinte do plano, ainda por acordar, prevê a retirada contínua das forças israelitas, a desmilitarização do Hamas e a reconstrução do enclave.
Um elemento central desta fase é a criação de uma "Força Internacional de Estabilização temporária" em Gaza, autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU para atuar sob a alçada de um "Conselho de Paz" de transição. Esta força teria a missão de proteger as fronteiras com Israel e o Egito e desarmar "grupos armados não estatais".
No âmbito da formação desta força, os Estados Unidos convidaram o Iémen a participar, um passo simbólico para envolver nações árabes.
No entanto, a participação de países árabes e islâmicos é hesitante, devido ao risco de potenciais confrontos com milícias palestinianas.
A Rússia absteve-se na votação da resolução, sinalizando as divisões geopolíticas em torno da gestão do pós-guerra em Gaza.
Em resumoO plano de paz para Gaza representa um esforço diplomático significativo para terminar o conflito, com a troca de reféns a marcar um primeiro sucesso. Contudo, a implementação das fases seguintes, especialmente a formação e o destacamento de uma força internacional, enfrenta enormes desafios políticos e logísticos, incluindo a relutância de países árabes e as complexas dinâmicas de poder na região.