A recente onda de ataques israelitas representa uma das mais graves escaladas desde o cessar-fogo de 2024. As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram bombardeamentos no sul do Líbano e nos subúrbios de Beirute, afirmando que os alvos eram infraestruturas terroristas e líderes de topo. Um dos ataques mais mortíferos ocorreu no campo de refugiados de Ain el-Helweh, perto de Sidon, que, segundo o Ministério da Saúde libanês, resultou em 13 mortos. Israel alegou que o local era um "centro de treino do Hamas", uma afirmação veementemente negada pelo movimento islamita, que o descreveu como um centro desportivo público. O Hezbollah também confirmou que um dos seus líderes era o alvo de um ataque em Beirute, com o vice-presidente do seu conselho político, Mahmoud Qamati, a alertar que "o ataque de hoje aos subúrbios do sul de Beirute abre as portas para uma escalada de ataques em todo o Líbano". Em resposta à violência, o presidente libanês, Joseph Aoun, condenou as ações israelitas e declarou que o Líbano está pronto para negociar um acordo para acabar com os ataques, uma posição que contrasta com a do Hezbollah, cujo número dois, Naim Qassem, considerou que qualquer concessão a Israel seria um "erro".
A situação é agravada pelo facto de a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) ter registado mais de 10.000 violações do cessar-fogo no último ano, evidenciando a instabilidade crónica na fronteira.













