Estes incidentes recorrentes minam a confiança na trégua e demonstram a volatilidade da situação no terreno.

Desde que a trégua entrou em vigor a 10 de outubro, o Ministério da Saúde de Gaza reportou a morte de 318 habitantes do enclave por fogo israelita. Os confrontos intensificaram-se com acusações mútuas de violações.

Num dos incidentes, o exército israelita afirmou que um "terrorista armado" disparou contra as suas tropas, levando a uma vaga de bombardeamentos retaliatórios em toda a Faixa de Gaza que, segundo fontes médicas palestinianas, matou 22 pessoas, incluindo mulheres e crianças. O governo de Benjamin Netanyahu confirmou a eliminação de "cinco terroristas de alto nível do Hamas" em resposta a uma violação do cessar-fogo.

As operações israelitas concentram-se frequentemente em áreas como Rafah, onde se acredita que militantes se escondem em túneis. As FDI relataram ter eliminado cinco "terroristas" que emergiram de uma infraestrutura subterrânea a leste da "Linha Amarela", a demarcação imaginária para a qual as tropas israelitas se retiraram dentro de Gaza.

Esta zona tornou-se um ponto de fricção constante, pois civis palestinianos que tentam regressar às suas casas são frequentemente apanhados no fogo cruzado.

Os ataques israelitas ocorrem tanto a leste como a oeste desta linha, em áreas supostamente sem presença militar israelita, o que aumenta as dúvidas sobre a sustentabilidade do acordo de paz e a segurança da população civil.