Estas ações indicam um endurecimento das políticas israelitas e um agravamento das condições de vida para os palestinianos. O Knesset aprovou em primeira leitura uma proposta de lei que visa proibir o fornecimento de água e eletricidade à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), além de permitir a expropriação de terras utilizadas pela agência em Jerusalém Oriental. Esta medida surge após Israel ter cortado relações com a UNRWA, acusando-a de infiltração pelo Hamas, alegações que uma investigação externa liderada pela ex-ministra francesa Catherine Colonna considerou não terem sido provadas.

Simultaneamente, a Human Rights Watch (HRW) publicou um relatório acusando Israel de cometer "crimes de guerra" e "crimes contra a humanidade" na Cisjordânia. A organização documentou a expulsão forçada de cerca de 32.000 palestinianos dos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Shams, impedindo o seu regresso. Nadia Hardman, investigadora da HRW, afirmou que as Forças de Defesa de Israel "expulsaram à força" os refugiados "desrespeitando as proteções legais internacionais".

A HRW apela à comunidade internacional para que imponha sanções contra altos funcionários israelitas, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que considera "credivelmente implicados" nos abusos.