A situação é tão grave que um alto comandante militar israelita alertou que a violência dos colonos ameaça a própria segurança de Israel. De acordo com dados das Nações Unidas, mais de mil palestinianos morreram na Cisjordânia entre 7 de outubro de 2023 e 13 de novembro de 2025, em ataques atribuídos a colonos ou ao exército israelita. Outubro de 2025 registou o maior número de ataques de colonos (264) desde que a ONU começou a recolher dados em 2006. A gravidade da situação levou o comandante Eyal Zamir a alertar internamente que "estes anarquistas poderiam incendiar a área num instante", forçando um desvio de recursos militares de frentes críticas como o Líbano e Gaza. A impunidade é um fator central, com a organização de direitos humanos Yesh Din a reportar que 94% das investigações sobre violência de colonos entre 2005 e 2024 foram encerradas sem acusações. A Human Rights Watch também documentou a situação, acusando Israel de crimes de guerra pela expulsão forçada de 32 mil palestinianos de campos de refugiados no norte da Cisjordânia, no contexto desta violência generalizada.