Este incidente eleva a tensão na fronteira e testa a estabilidade do novo regime sírio.

A operação noturna, que segundo as autoridades sírias causou 13 mortos, foi classificada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio como uma "agressão criminosa" e um "crime de guerra" com o objetivo de "incendiar a região".

O exército israelita justificou a ação afirmando que visava elementos do grupo Jamaa Islamiya, aliado do Hamas.

Relatos indicam que a operação encontrou forte resistência, com as forças israelitas a serem cercadas por homens armados, o que exigiu o uso de artilharia e drones para resgatar os soldados sitiados, dos quais seis ficaram feridos.

A enviada especial da ONU para a Síria, Najat Rochdi, condenou veementemente o ataque, descrevendo-o como uma "violação grave e inaceitável da soberania e integridade territorial da Síria, destabilizando ainda mais um ambiente já de si frágil".

Rochdi exigiu a "cessação imediata de todas essas violações" e o respeito pelo acordo de 1974 que estabeleceu uma zona desmilitarizada nos Montes Golã. Este evento ocorre num contexto delicado, após a queda de Bashar al-Assad e a ascensão de um novo regime em Damasco, com Israel a realizar centenas de ataques aéreos e a mobilizar tropas para a zona desmilitarizada.

A incursão em Beit Jinn gerou protestos em massa em várias cidades sírias, onde os manifestantes condenaram a agressão israelita e expressaram apoio ao novo governo.