O porta-voz paquistanês, Tahir Andrabi, anunciou o fim do entendimento, afirmando que "o cessar-fogo não se mantém porque o objetivo era pôr fim aos ataques terroristas dentro do Paquistão por parte do TTP (...) e de cidadãos afegãos que utilizam solo afegão". Islamabad acusa os talibãs afegãos de darem refúgio ao TTP, uma alegação que Cabul rejeita, atribuindo a violência a problemas internos de segurança do Paquistão.

A tensão culminou em ataques aéreos paquistaneses nas províncias afegãs de Khost, Kunar e Paktika.

O governo talibã denunciou que um desses ataques matou dez pessoas, incluindo nove crianças e uma mulher, e prometeu "uma resposta adequada em momento oportuno".

O Paquistão negou ter atacado civis.

Por outro lado, o Paquistão atribuiu a cidadãos afegãos um atentado suicida em Peshawar que matou três agentes.

O ano de 2024 foi descrito como o mais mortífero para o Paquistão em quase uma década, com mais de 1.600 mortos em atos de violência.

A frágil trégua, mediada pelo Qatar e pela Turquia, colapsou, reabrindo um conflito complexo numa fronteira de 2.600 quilómetros que Cabul não reconhece totalmente.