Milhares de pessoas, maioritariamente da comunidade minoritária alauita — à qual pertencia a família Assad —, manifestaram-se em cidades costeiras para denunciar uma onda de violência na cidade multirreligiosa de Homs.

Os protestos foram desencadeados pelo assassinato de um casal sunita, atribuído a alauitas. Este movimento de protesto é o maior da comunidade alauita desde a mudança de regime em dezembro de 2024.

Numa tentativa de acalmar as tensões, o Presidente interino, Ahmad al-Sharaa, reconheceu que os manifestantes tinham "reivindicações populares legítimas, embora algumas tenham motivações políticas". Num diálogo com autoridades locais, Al-Sharaa afirmou que o novo governo está "totalmente preparado para ouvir todas as reivindicações e examiná-las seriamente", apelando à unidade nacional para superar as divisões semeadas durante décadas.

A ascensão ao poder de Al-Sharaa, um antigo 'jihadista', intensificou os receios entre as minorias sírias. As manifestações, que também ocorreram em cidades como Damasco e Alepo, serviram igualmente para condenar os recentes ataques israelitas, com os manifestantes a entoarem slogans como "Depois de derrotarmos Bashar al-Assad, vamos derrotar Israel".