A visita ocorre num momento de alta tensão, destacando o papel da diplomacia do Vaticano na promoção do diálogo. Na Turquia, o Papa encontrou-se com o presidente Recep Tayyip Erdogan e, num discurso perante o corpo diplomático, elogiou o papel histórico do país como ponte entre culturas, apelando: "Que a Turquia seja uma fonte de estabilidade e reaproximação entre os povos, ao serviço de uma paz justa e duradoura". Sem nomear conflitos específicos, mas com claras referências ao Médio Oriente e à Ucrânia, Leão XIV lamentou que o mundo esteja a passar por uma fase que equivale a uma "terceira guerra mundial travada aos poucos", exortando: "Não podemos ceder.
O futuro da humanidade está em jogo".
A visita teve também um forte cariz ecuménico, com a comemoração do 1700.º aniversário do Concílio de Niceia, um evento fundador do Cristianismo.
O programa incluiu encontros com a minoria católica e líderes ortodoxos, culminando na assinatura de uma declaração conjunta com o patriarca Bartolomeu de Constantinopla. A segunda etapa da viagem, ao Líbano, visa levar uma mensagem de solidariedade a um país com uma grande população cristã que enfrenta crises profundas e pressões regionais, reforçando a importância do diálogo inter-religioso e da convivência pacífica.













